FLORBELA ESPANCA (1894-1930)
Estas árvores de que fala Florbela, são decerto, os sobreiros :
FLORBELA ESPANCA: ÁRVORES DO ALENTEJO
Horas mortas... Curvada aos pés do Monte
A planície é um brasido... e, torturadas,
As árvores sangrentas, revoltadas,
Gritam a Deus a bênção duma fonte!
E quando, manhã alta, o sol posponte
A oiro a giesta, a arder, pelas estradas,
Esfíngicas, recortam desgrenhadas
Os trágicos perfis no horizonte!
Árvores! Corações, almas que choram,
Almas iguais à minha, almas que imploram
Em vão remédio para tanta mágoa!
Árvores! Não chorais! Olhai e vêde;
- Também ando a gritar, morta de sede,
Pedindo a Deus a minha gota de água!
O
Amo Florbela. Tenho uma foto tirada frente ao busto dela em Évora. Está até aqui em um post.
ResponderEliminarAbraços Edna