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Mário Costa (n. 1902?), ilustração parao
a capa do relatório comemorativo
do XX Aniversário da Campanha do Trigo, 1929-1949,
da Federação Nacional dos Produtores de Trigo (F.N.P.T.). 1949
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TRIGO - CANCIONEIRO POPULAR ALENTEJANO
Recolha de Victor Santos (1959)
Recolha de Victor Santos (1959)
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Alentejo, rei do trigo,
De arroz, cortiça, montado,
Vinho, olivais – monumentos
Do vasto solo sagrado.
Alentejo é o rincão
Onde há a maior riqueza;
Mas não se resolve, então,
O problema da pobreza?
Pão nosso de cada dia
Pelos pobres repartido…
Bendito o meu Alentejo
Que é celeiro bem provido!
O sol pinta o trigo d’oiro,
Alua, as folhas de prata.
Alentejo és um tesoiro
Que o ceifeiro aos molhos ata.
Ò terras do Alentejo,
Ó terras que eu sempre amei;
Foi ceifando os loiros trigos
Que o meu amor encontrei…
Ai Alentejo, que amuo
o meu por não ser capaz
de ser rico como tu:
para dar o pão que tu dás.
Não há pepita de oiro
que tenha o valor dum grão,
ninguém transforma um tesoiro
em bocadinhos de pão...
Num pequeno grão de trigo
grande magia se encerra;
para o gerar, sol amigo
e água beijando a terra.
Não maldigas o destino
e cumpre a tua missão;
sem o trigo pequenino
ninguém pode fazer pão.
Trigo loiro, sem que o sintas,
limpo dos frutos do mal,
és pão das bocas famintas,
riqueza de Portugal.
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De arroz, cortiça, montado,
Vinho, olivais – monumentos
Do vasto solo sagrado.
Alentejo é o rincão
Onde há a maior riqueza;
Mas não se resolve, então,
O problema da pobreza?
Pão nosso de cada dia
Pelos pobres repartido…
Bendito o meu Alentejo
Que é celeiro bem provido!
O sol pinta o trigo d’oiro,
Alua, as folhas de prata.
Alentejo és um tesoiro
Que o ceifeiro aos molhos ata.
Ò terras do Alentejo,
Ó terras que eu sempre amei;
Foi ceifando os loiros trigos
Que o meu amor encontrei…
Ai Alentejo, que amuo
o meu por não ser capaz
de ser rico como tu:
para dar o pão que tu dás.
Não há pepita de oiro
que tenha o valor dum grão,
ninguém transforma um tesoiro
em bocadinhos de pão...
Num pequeno grão de trigo
grande magia se encerra;
para o gerar, sol amigo
e água beijando a terra.
Não maldigas o destino
e cumpre a tua missão;
sem o trigo pequenino
ninguém pode fazer pão.
Trigo loiro, sem que o sintas,
limpo dos frutos do mal,
és pão das bocas famintas,
riqueza de Portugal.
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